Finalizado - Abate Rápido

Finalmente terminando minhas compras, tinha retornado ao local de partida da missão. Fiquei encostado em um dos postes de luz, evitando ficar na rua, impedindo a passagem das pessoas. Estava com o pergaminho em minha mão, lendo-o para ter alguma ideia de onde poderia começar. "Droga... não tem nenhuma pista por aqui" — eu posso tentar perguntar para alguém, eu acho...

Retornei à Loja de Ervas e Poções, onde aquela garota, Akio, estava. "Bem... acabei voltando antes do que esperava... hah" — soltei uma pseudo-risada, já que por mais que parecesse uma risada, a voz era destituída de qualquer ânimo, tendo o mesmo tom de voz de minhas outras palavras. "D-de qualquer forma, Akio, eu não quero te incomodar, mas eu gostaria de perguntar se você tem algum tipo de informação a respeito dos selvagens que têm causado um tumulto recentemente por aqui, ou se sabe de alguém que possa saber de algo. Eu preciso para minha missão..." — falei, mostrando o pergaminho fechado em minha mão. Tinha escolhido a Akio para perguntar, por ela ser simpática, então provavelmente não iria 'perturbá-la' tendo feito apenas uma pergunta.

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Inclinei meu corpo levemente em agradecimento, com um rosto imóvel — "Obrigado... Akio, você me foi de grande ajuda". Bem, talvez não de graaande ajuda, mas pelo menos agora eu teria uma ideia de onde procurar e eu estava grato. "V-voltarei mais tarde para comprar mais medicamentos quando completar minha missão..." — a atendente era gentil e a loja tinha um bom preço, seria um lugar que eu frequentaria bastante, é provável. Ainda assim, tinha estranhado minha fala, que soou quase como uma promessa. "Até mais..." — enfim, me despedi, apenas com minhas palavras e meu sorriso estranho, nada natural.

Partiria em direção ao local descrito, e chegando no distrito norte, na região mais pobre, pararia por um momento, dando uma boa olhada ao meu redor, querendo ver se algo chamava minha atenção.

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Considerando que eles estão escondidos aqui, precisarão constantemente de suprimentos para repor. Claro, se eles roubassem a comida e água, eu poderia apenas esperar eles assim fazerem, mas não tinha certeza se esses eram seus métodos, e poderia demorar um dia inteiro... outra possibilidade seria que eles mesmos estariam conseguindo seus próprios suprimentos, e nesse caso, seria imprescindível o uso desse canal de água... e quanto à comida, estariam eles caçando aos arredores... ou recebendo de alguém? Não tinha como saber com certeza... "Droga... eu achei que seria mais fácil, como ir até eles e matá-los, mas... aparentemente não é tão simples" — estava um pouco desapontado, mas claro, com minha expressão facial, não era perceptível a qualquer pessoa me vendo.

Pararia por um momento para contemplar minhas hipóteses, Raciocinando a respeito de minha situação e o paradeiro dos selvagens. Roubar toda vez seria inviável, geraria muitos problemas para eles... o que seria?

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Seguiria pela ponte que me aproximava ao norte, na rua que era protegida por muros de casas e que parecia um beco. Olharia em volta de modo a tentar ir por aquela direção, sem ter que invadir uma propriedade, é claro. Os selvagens estavam pelo norte, então por lá creio que eu tenha uma ideia melhor do que fazer... não é? "Ah... eu achei mesmo que seria mais fácil..." — suspirei, olhando para o céu por alguns momentos, pensando naquela pessoa. Procuraria por meios de seguir ao norte, meu destino, analisando o local.

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Bem... antes mesmo de tentar desvendar a localização dos selvagens, eu preciso encontrar ainda onde está o distrito norte. Considerando as opções de caminho que tenho agora, minha única certeza é de que — "Estou perdido...". Suspirei, fechando os olhos por um momento, desmotivado e desapontado com a minha própria inteligência espacial... não consigo nem achar a parte norte da região urbana, droga, Shiaku. É por isso que violência é sempre mais fácil... mas novamente, esta é uma situação nova, estou saindo de minha zona de conforto, é exatamente o motivo por eu ter me alistado. Situações difíceis são os pilares do desenvolvimento, já dizia o vovô — "Isso mesmo..." — acabei recuperando um pouco da minha moral de volta. Eu estou insatisfeito com a forma que sou, então apenas situações desconfortáveis como a de agora que podem me fazer mudar.

Pensando agora, talvez eu devesse esconder meu emblema militar, seria possível que evitassem me atacar, desde que não fossem descobertos, caso soubessem que sou do exército. Eu ainda tinha esperanças que iriam me confundir como um simples civil e tentar me roubar. Retirei gentilmente o emblema metálico, e guardei em meu bolso. Onde eu estava..? Ah, sim, tenho que saber onde estou.

Vamos lá, como aqui tem várias casas, deve ser a área residencial... à esquerda temos as lojas e à direita o Dojo... e... por um momento eu achei que chegaria a alguma conclusão útil, mas no final, para a quebra de minha expectativa, eu só sei que estou perdido mesmo... era frustrante, mas aquele era o preço do desenvolvimento... eu acho? O solo era um pouco estranho, estaria eu na área pobre?? Ou seria a área residencial comum apenas um tanto malcuidada? Bem... já que não sei para onde ir, tentaria analisar de onde partia o solo de terra, buscando ver se teria um caminho por perto feito apenas de terra, para o qual também teriam casas. Minha lógica era que um caminho de terra me levaria ao lado mais humilde da região urbana. Também daria uma olhada de relance nas pessoas que estivessem em minha volta, sem encarar, para não parecer rude ou suspeito.

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Droga... nenhuma pista. Porém... de nada vai adiantar ficar parado aqui. Eu sempre me deixei... ser levado pela vida, mas eu tenho que ser mais decisivo, mesmo que a escolha que eu tome seja a errada, pelo menos é uma escolha. É tão difícil ser o dono da minha própria vida, ter que fazer decisões quando não sei a resposta... enquanto pensava, eu só conseguia olhar para baixo, aborrecido com a minha própria impotência.

Adiante, como pelo caminho do Dojo não tinha nada, segui à esquerda. Não tentei prestar grande atenção às pessoas que eu tinha notado antes, em primeiro momento, porque era provável que fossem apenas civis. Caminharia, de olho a minha volta, tentando ver se tinha alguém ou uma situação que chamasse a atenção de alguma forma.

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O que é.... aquilo? Ao canto direito, tinha alguma coisa que... bem... àquela distância não sabia dizer bem o que era. Poderia ser algum bem valioso? Ou alguma lâmina abandonada?! B-bem... acho que só aproximando mesmo eu poderia descobrir. Teria cautela ao me aproximar, olhando bem se havia alguém ou algo em volta do objeto misterioso. Imagino que talvez estivesse sendo cauteloso até demais, mas em minha opinião, cuidado sempre é pouco. Por um momento quis ativar meu Sharingan, mas não o fiz, afinal, estava em dúvida se seria considerado um ato agressivo ativar meu poder ocular no meio da vila... então prossegui apenas com meus olhos azuis normais.

Eu torcia que fosse alguma espécie de pista, já que eu não tinha nenhuma informação verdadeiramente útil. Dei com os ombros — "Não adianta ficar remoendo a respeito disso, vá logo, Shiaku..." — disse a mim mesmo, assim fazendo.


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Chegando perto eu tinha visto... era um pedaço de uma arma? Os resíduos de sangue comprovam isso... e como está seco, deve ter sido faz um bom tempo. Minha intuição me dizia que pertencia a um dos selvagens, já que a arma era de pedra, um material mais simples. Se pertencesse a alguém de Utakata, provavelmente seria uma lâmina metálica. Mas... claro, talvez isso fosse mais meu desejo de solucionar esse caso falando mais alto que minha razão, já que com isso eu teria alguma pista.

Minha primeira reação não reflexiva foi olhar o chão em volta, ver se teria alguma pista, primeiro me agachando e posteriormente em pé. Em seguida, daria uma olhada em minha volta, vendo os possíveis caminhos que o dono da arma poderia ter seguido. Além disso, também tentaria ver se tinha alguma loja bem próxima, que talvez tivesse visão direta ao acontecimento e conseguisse me repassar algum tipo de informação. Por fim, encararia o local da pedra por alguns instantes, para memorizar bem onde estava, e então iria catá-la do chão.


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Meus olhos e pés seguiam a trilha de sangue. O cenário era... peculiar. Não pelo sangue, mas por não ter ocorrido uma denúncia do que tinha ocorrido por aqui. Ou se teve, ao menos não fui informado no pergaminho. "Essa é uma informação que seria importante..." — claro, não tinha certeza quanto tempo levava para um sangue secar, então poderia ter sido há um dia, ou talvez um pouco menos. Balancei a cabeça de um lado pro outro com meus olhos de peixe morto entreabertos — "Agora já não importa..."

Iniciei minha técnica Concentração Total, porque eu acreditava que as coisas iam começar a dar problema — "Felizmente, claro" — respondi em forma de sussurro, meu próprio pensamento. Podia até sentir minha mente inerte se tornando mais agitada. Aproximei-me da porta com sangue espirrado e... sem dizer nada, bati três vezes na porta, gentilmente, mas alto o suficiente para ser escutado por sei lá quem que estivesse dentro. Bateria novamente, repetindo meu ato algumas vezes, caso ninguém me respondesse à primeira vez. Em seguida, na ocasião de não ter recebido uma resposta, diria com uma voz elevada — "Olá... tem alguém por aí?". Por fim, após aguardar alguns momentos, abriria a porta e tentaria entrar, caso não obtivesse qualquer resposta. Estaria bem alerta, afinal, aquele cenário era bem suspeito e provavelmente relacionado ao caso que eu estava investigando a respeito dos selvagens.

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